segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Futuro mora em Abrantes



Esse futuro obriga a que concorde-se ou não com o financiamento e os custos do Museu de Arqueologia, cuja discussão ainda pode fazer correr muita tinta, se saiba ter a inteligência e a sabedoria suficiente para segurar o projecto assinado pelo Arquitecto Carrilho da Graça, talvez o mais internacional dos arquitectos depois de Siza Vieira e Eduardo Souto Moura.
Foi a assinatura do arquitecto Franck Gery no museu de Bilbao, que lhe deu fama e lhe assegurou o sucesso que todos conhecem e aplaudem. Não foram as discussões sobre o projecto em si, como alguns elitistas locais quiseram exigir. Isso era chover no molhado... E nunca será demais lembrar, a liberdade criativa do artista, é uma condição necessária que merece ser respeitada por todos.
Outro aspecto a repudiar é a ideia preconceituosa contra a altura da torre. A altitude sempre foi uma matriz fundacional em Abrantes. Estranha-se que ninguém questionasse ainda a demolição das velhas oficinas ou garagens do Convento ao lado da ESTA, que só peca por tardia. Esses edificados sem qualidade roubaram o melhor espaço panorâmico do Centro Histórico a seguir ao Jardim do Castelo. E nunca abonou muito à cidade o aproveitamento feito em parques de estacionamento panorâmicos, como era o caso do terraço superior anexo a essas garagens, quando o mesmo há muito que merecia ter sido articulado com o prolongamento do Jardim da República para sul.
Chegou a ser caricato observar as discussões que nunca chegariam a consenso algum, propostas por outras candidaturas quanto ao Museu de Arqueologia, passíveis de extremar posições e atirar a imagem de Abrantes para uma posição pouco consentânea com os desafios de modernidade que precisa obter para a tornar mais atraente, apelativa e competitiva.
Foi por descortinar esses perigos, que a Candidatura Abrantes Popular teve que fazer um esforço de contenção em alguns dos pormenores em discussão e caminhar para o apoio inequívoco ao projecto do Arqº Carrilho da Graça, uma vez que o isolamento do Centro Histórico, com o Museu claramente virado a sul foi, ao que julgamos, entendido pelo próprio arquitecto.
Sem esse apoio claro, poderia ficar comprometido o projecto, servindo apenas de pretexto para alimentar discussões pouco profícuas e menos lisonjeiras para a boa imagem de Abrantes, que não podia ser mais beliscada.
Por outro lado, não seria justo paralizar mais o Centro Histórico por culpa de outras obras mal projectadas na cidade, nestes últimos quinze anos, como foi o caso mais negativo com o Açude e o projecto Aquapolis.

1 comentário:

  1. em vez de MUITA talvez fosse adequado MAIS

    MAIS VIDA
    MAIS ÁGUA
    MAIS VERDE

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