
Como esse arquitecto sublinhava na sua crítica feroz a agressividade da "Torre" de Carrilho da Graça, diante da paisagem de Abrantes, nunca será demais mostrar como o seu projecto no Arizona "esmaga" a envolvência paisagistica. E bastava apenas isto, para desautorizar Phil Hawes.
Mas há mais razões para desautorizar Phil Hawes:
-Para quem se diz discípulo do grande arquitecto americano, Frank Lloyd Wrigth, que faleceu em 1959, é bom lembrar que entre 1956 e 1959 Wrigth estava a desenhar e a construir a "Torre Price", no Oklahoma, que como o próprio Wrigth escreveu era "uma árvore de 19 pisos" e estava também a projectar o famoso Museu Guggenheim de Nova Iorque e ainda o maior edifício do mundo com 528 pisos em Chicago, "uma espada apontada ao céu", obra que já não chegou a construir;
Quanto ao projecto Biosfera 2, tratou-se de uma espécie de "grande estufa" a criar um ecosistema artificial, a querer imitar uma arca de Noé que acabou mal sucedida. Biosfera 2 foi um projecto suportado por um multimilionário do Texas, que fracassou. Aí está uma questão que nunca incomodou, nem incomoda "certa elite abrantina": o fracasso!
Por aqui se vê a sustentabilidade dos críticos que apareceram a combater o projecto de Carrilho da Graça, ao mesmo tempo que vão deixando as suas farpas contra a ideia de mexer no que quer que seja no Centro Histórico de Abrantes. É para que nada se faça, que esses críticos apelam a um patético debate, quando o que há a defender é a articulação do projecto de Carrilho da Graça com o Centro Histórico, pois como o próprio arquitecto reconheceu perante a exposição do Candidato João Pico, na Capela do Castelo dia 25 de Junho, o Jardim da República e a Barão da Batalha ficaram privados dos seus importantes acessos às traseiras do Convento de S. Domingos.
Mais: a paisagem mostrada por Carrilho da Graça na sua exposição está muito aquém da futura paisagem obtida do cimo da Torre, porque o slide mostrava a vista ao nível do solo e não, a visão muito mais ampla que se irá avistar do cimo daqueles 35 metros, o que será muito diferente.
Curiosamente, entre os críticos está o pai do jovem arquitecto que projectou o novo arquivo histórico retirado do Centro Histórico de Abrantes e levado para a Zona Industrial.
Como nós os percebemos: "tudo como dantes"!
Até que o último a sair apague a luz...
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