As ”Correições”, eram os actos de fiscalização feitos anualmente pelos Corregedores das Comarcas às Câmaras Municipais, quando a figura do Corregedor (juiz e chefe) dos Tribunais era temida pelas administrações locais. Comparando-as com as lacunas das “inspecções ” actuais , percebemos melhor a Procuradora Maria José Morgado (uma filha de Abrantes, pois sua mãe nasceu e foi professora na Amoreira, Rio de Moinhos)
Ao ler o livro de Francisco Serrano (1862-1941), « Elementos Históricos e Etnográficos de Mação», do princípio do século passado, que um leitor e amigo do Rossio e Mação me emprestou, mais realça a carência daqueles actos, tão necessários na actualidade. Especialmente, quando o Corregedor de Tomar não se limitava a punir e olhava em seu redor com extrema objectividade e sentido do dever público sobre os melhoramentos locais, que exigiu em 1756, serem feitos como se transcreve:
«Ordenei que as pontes, as fontes, as calçadas do concelho se concertassem do preciso, e que os baldios se plantassem de árvores, segundo a qualidade e estado das terras».
Francisco Serrano, foi secretário da Administração do Concelho de Mação e Tabelião da Comarca entre 1889 e 1918, e deixou-nos neste seu livro estes curiosos relatos :
«Faço saber às justiças da vila de Mação e (...) por ser informado que nas fintas (taxas), (...), há grande desordem e muita desigualdade, fintando-se uns no que não deve ser e deixando de se fintar outros no que devem pagar (...) mando de hoje em diante, se notifiquem dois homens de sã e boa consciência de cada rua desta vila e lugar deste termo, os quais, (...), debaixo de juramento dos Santos Evangelhos, (dirão...) das terras e possibilidades de cada um ( ...) e da mesma sorte a todos se fintará igualmente ».
Actualmente, alguns dos "fintadores modernos", também as fazem boas por esse país fora; e bom seria que um Corregedor à antiga os fizesse entrar na ordem...
Ao ler o livro de Francisco Serrano (1862-1941), « Elementos Históricos e Etnográficos de Mação», do princípio do século passado, que um leitor e amigo do Rossio e Mação me emprestou, mais realça a carência daqueles actos, tão necessários na actualidade. Especialmente, quando o Corregedor de Tomar não se limitava a punir e olhava em seu redor com extrema objectividade e sentido do dever público sobre os melhoramentos locais, que exigiu em 1756, serem feitos como se transcreve:
«Ordenei que as pontes, as fontes, as calçadas do concelho se concertassem do preciso, e que os baldios se plantassem de árvores, segundo a qualidade e estado das terras».
Francisco Serrano, foi secretário da Administração do Concelho de Mação e Tabelião da Comarca entre 1889 e 1918, e deixou-nos neste seu livro estes curiosos relatos :
«Faço saber às justiças da vila de Mação e (...) por ser informado que nas fintas (taxas), (...), há grande desordem e muita desigualdade, fintando-se uns no que não deve ser e deixando de se fintar outros no que devem pagar (...) mando de hoje em diante, se notifiquem dois homens de sã e boa consciência de cada rua desta vila e lugar deste termo, os quais, (...), debaixo de juramento dos Santos Evangelhos, (dirão...) das terras e possibilidades de cada um ( ...) e da mesma sorte a todos se fintará igualmente ».
Actualmente, alguns dos "fintadores modernos", também as fazem boas por esse país fora; e bom seria que um Corregedor à antiga os fizesse entrar na ordem...
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