quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Os 1,6 milhões de euros em compras da câmara sem concurso são um abuso muito grave

As compras sem concurso público que totalizaram no último ano e meio 1,6 milhões de euros, deixam muitas questões éticas e sociais em aberto.
Desde os 18 mil euros cobrados pelo arquitecto para uns desenhos mais uma pequena maquete, num projecto onde vai facturar 750.000 euros, (que contrato de principiantes foi esse que não acautelou essa maquete e outros desenhos no preço?!), passando por outras dezenas ou centenas de milhares de euros de "compras" pouco coerentes com a crise, até aos "cachets" com artistas e conjuntos musicais, mais os cerca de 8 mil euros das viagens dos quatro autarcas do executivo municipal ao Japão, tudo isso veio colocar esta questão:
O Bem Estar dos fregueses e munícipes não contam para nada?!
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Pacientes que na falta de médico (Vale das Mós, Tramagal, S. Facundo, Rio de Moinhos e outros...), nunca obtiveram um transporte assegurado pela Transportadora Urbana de Abrantes, a mando da Câmara, até ao hospital; ausência de transportes entre os três hospitais; ajudas e comparticipações médicas e hospitalares; apoios mais incisivos a instituições de saúde e solidariedade social; transportes escolares para estudantes nocturnos; bolsas de estudo, tudo isso tem constituído uma grave omissão nas ajudas municipais.
Todavia, num concelho com 1,6 milhões de euros com gastos desta natureza, percebe-se facilmente, que algo vai podre. Não há desculpas. Actuações desta natureza são de repudiar completamente. Não há concelho que resista a estas injustiças e a estes atropelos miseráveis.
Os munícipes estão a descurar as suas obrigações e a deixarem que prejudiquem gravemente o futuro dos seus filhos e dos seus netos. Não há que ter receio. O que se passou foi demasiado grave.
Estes 1,6 milhões são um abuso e uma falta de respeito para com todos os munícipes.
E quem se calou ou aprovou essas despesas por "unanimidade" não pode ser alternativa de coisa nenhuma: são cúmplices e como tal, não querem senão, enganar os munícipes. Basta ver a forma como se copiam andando pelas festas a darem exemplos pouco responsáveis. Como se construir o bem estar no concelho, se resumisse a comes e bebes neste tempo de crise e de fome para muitas famílias, ou a deprimentes faltas de respeito público, enchendo os espaços com fotos numa clara obcessão de exibicionismo e de vaidades.
Uma falta de vergonha e uma falta do sentido das responsabilidades.
Gente desta, não tem o necessário perfil e o carácter para zelar escrupolosamente os dinheiros públicos.
Gente desta natureza tão limitada e pobre em valores, actuaram em "unanimidade" nos gastos municipais.
São farinha do mesmo saco.
LAMENTÁVEL...

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