Desde quando é que uma Clínica constrói 700 fogos para "acamados" numa cidade como Abrantes?!
Ainda por cima, "acamados" do Norte da Europa. O que implicava médicos dessas origens e não propriamente clínicos chilenos ou cubanos. E, alguns dos poucos médicos e para-médicos portugueses, lá estavam a ser contratados, o que agravava ainda mais o actual panorama do serviço público de saúde.
Acresce, que nenhuma câmara tem por função "emprestar" 22 mil m2 de terrenos municipais, para depois (nesse terreno ou ao lado, tanto faz), lá aprovar a essa empresa 18.000 m2 de área comercial e de serviços médicos, coisa que pode ser equiparado a mais 180 fogos T2.
Cobrou o preço módico de 1,25 € por m2, para depois essa empresa poder vender esse mesmo m2 a 250 euros: os tais 25.000 euros por fogo (100 m2).
Tudo reunido, estão aprovados o equivalente a 880 fogos. Logo, a 25.000 euros cada fogo (em terreno com projecto aprovado), estamos a falar de um negócio imobiliário que surge do pé para a mão (desde Novembro de 2007 até Agosto de 2009, pode ser considerado tempo record...), cujo terreno foi comprado em 2007 por 2,5 milhões de euros e agora pode valer 22 milhões de euros...
E para cúmulo desta triste história, onde a Câmara de Abrantes aparece muito interventiva e "acusada" de muita coisa, o "dono" do terreno ainda continua agarrrado ao burro...
Só mesmo em Abrantes...
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