A discussão dos 20 milhões de euros com o custo da obra, que depois viria a baixar misteriosamente, para metade e agora já há quem fale em 12,5 milhões de euros, mais o contrato com o Arqº Carrilho da Graça dos 750 mil euros, foram factos que ocorreram entre 2006 e 2007.
Nessa altura ainda havia quem não soubesse onde ficava Abrantes, nem sonhasse com a candidatura à Câmara. O presidente da Concelhia do CDS/PP, João Pico, foi dando nota do desagrado e colocou-se contra a tamanho despesismo. Mas fê-lo em 2007.
Essa fase terminou em 2007. Aqueles que acordaram para o problema, só a meio de 2009, - dois anos depois do tempo dessa discussão - tentam agora demagogicamente, recuperar o tempo perdido, como se todos não soubessem do que foi essa "parceria" da "unanimidade PS-PSD".
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O CDS não confunde o eleitorado, nem se confunde a si próprio.
O que o candidato João Pico disse na apresentação de 25 de Junho diante do arquitecto Carrilho da Graça foi isto:
- a) Não vê problema na torre, nem na altura desta;
- b) Preocupava-o a falta de janelas na torre, mas mal o arquitecto o informou de que havia mais janelas que não estavam ali na maqueta, logo retirou as suas críticas quanto às supostas paredes cegas, que não existiriam mais;
- c) Foi isso sim, um acérrimo defensor da integração do Museu no Centro Histórico, exigindo uma abertura e articulação com o Jardim da República e a reposição de novos espaços de estacionamento, facto corroborado com o arquitecto ali mesmo e que obrigou o presidente da CMA Nelson de Carvalho a vir à pressa remendar essa lacuna, anunciando que seria o mesmo arquitecto Carrilho da Graça a estudar a envolvente ao Museu e os novos parques de estacionamentos. Uma decisão infeliz e dispendiosa, pois não reconhecemos grande aptidão para a equipa de Carrilho da Graça em matéria de acessibilidades (veja-se o isolamento da Escola de Comunicação Social em Benfica, Lisboa).
Portanto, o candidato João Pico foi certeiro e assertivo.
Mas disse mais: não estava ali a discutir o financiamento e os custos, que lhe mereciam sérios reparos, em coerência com o que já havia dito e escrito dois anos antes (quando outros omitiram as suas opiniões), porque apenas interessava discutir com o arquitecto ali presente, o projecto de arquitectura.
Nem mais!
Como os contratos já estão há muito assinados, com o projectista e com os doadores das colecções, há que ter muito cuidado com o que se diz e com o que se faz. Porque uma tontice, do género de "suspender as decisões" neste momento, só daria motivo para indemnizações ao projectista e poderia colocar as valiosas colecções a caminho de outro concelho vizinho, pois os doadores poderiam ver nessa "suspensão" uma postura de ingratidão e hostilidade e dar-lhes o pretexto para uma ruptura contratual.
Quem não souber avaliar e prever estas situações, não pode aspirar a administrar com seriedade e responsabilidade o nosso munícipio.
Tão simples quanto isto.
Há alguma confusão ou alguma incoerência nisto?!
A confusão e a incoerência só vem de alguns incompetentes, que estão muito longe de perceber, que há um tempo para as negociações e há um tempo para assumir responsabilidades e avançar, sob pena de comprometer irremediavelmente tudo.
Tão simples quanto isto!
NOTA: A elaboração do projecto das novas instalações da Câmara, no edifício da ESTA e da ex- Rodoviária, foi questão que sempre mereceu a discordância do candidato João Pico. Nada de fazer confusões. O Museu é uma coisa e as novas instalações camarárias são outra coisa por sinal dispensável.
O que o Candidato João Pico defende para a garagem da ex-Rodoviária, é a LOJA DAS FREGUESIAS - uma exposição permanente das realidades locais e amostra cultural e turística.
João Pico
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