sexta-feira, 26 de junho de 2009

Um pequeno e breve debate sobre o projecto do Museu Ibérico, ontem no Castelo em Abrantes

O primeiro interveniente no debate foi João Pico, candidato à Câmara pelo CDS/PP, que centrou a sua crítica no isolamento que aquela implantação infeliz vai criar ao Centro Histórico da cidade, deixando o Jardim da República esquecido e sem acesso ao estacionamento das traseiras de S. Domingos.
O arquitecto Carrilho da Graça percebeu que as críticas de João Pico tinham fundamento e que este não apreciava muito a obra do edifício da Comunicação Social em Benfica, da autoria do arquitecto, quando estabeleceu algum paralelismo entre ambas.
Os outros candidatos à Câmara já nem abriram a boca...
Sugeriu João Pico, que aquela implantação deveria estar mais para poente no sentido da velha garagem dos Claras / Rodoviária. Contudo, ao contrário de alguém que quis deturpar o sentido das palavras de João Pico, este não defendeu a construção no local da velha Garagem, mas tão somente uma "amarração" a esta garagem ou um braço ou raiz que o ligasse ao que já foi uma sala de visitas de Abrantes e porque a mesma está numa zona de serviços muito movimnentada: Finanças, Notário, Conservatória e Tribunal e Esplanada 1º de Maio.
Quanto à altura defendeu não se sentir chocado, porque a matriz fundacional de Abrantes está na altitude e só ali estávamos no Castelo, precisamente pela altitude do mesmo que fez perpetuar a vida da cidade. De resto, a altitude também foram marcas usadas nas Igrejas de S. João e S. Vicente e no Teatro de S. Pedro.
O corte de acessos e o isolamento do Jardim da República é que era marcante e preocupante. O próprio Arqº Castelo Branco, ao que se sabe da candidatura PSD, acabou por fazer uma referência elogiosa à posição do Sr. João Pico, nesse debate, concordando com a observação feita pelo candidato do CDS/PP, no que toca ao isolamento. Note-se que o candidato do PSD entrou mudo e saiu calado. Não sabe ver estas coisas?! ...
Quanto à intervenção do candidato Indepente / socialista, deu um tiro no pé. Acabou por se reconhecer como o "pai da ideia" juntamente com o Dr. Nelson de Carvalho. Aquele cordão umbilical, uma vez cortado, irá deixar o candidato sem mais nada para dizer...
Mas ao contrário do que quis dar a entender, não foi ele ou Nelson de Carvalho quem se sentiu na obrigação de surpreender os doadores com um projecto novo, em S. Domingos. Ao invés, foram os doadores João Estrada e a pintora Lucília Moita que exigiram só aceitarem como local condigno para expôrem as suas obras e peças, o próprio Convento de S. Domingos. O que mostra a fraqueza negocial de ambos os autarcas... Aqui está um dado que há que sublinhar.
Era bom que o candidato independente / socialista soubesse pugnar por nova atitude, que o libertasse da mentira do "consulado de Nelson de Carvalho"...
Abrantes merecia isso mesmo.
Quanto aos outros candidatos, estando presentes, nada disseram.
O Abrantes Popular soube estar na defesa de Abrantes...

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