domingo, 7 de junho de 2009

Os resultados das eleições Europeias no Concelho de Abrantes comparados com as autárquicas de 2005.

O PS nas autárquicas de 2005 recolheu, 11.127 votos, enquanto nestas eleições se ficou a perceber que a tão apregoada "maioria sociológica PS" em Abrantes só vale já 4.658; quis também significar que não há mais heranças sólidas e asseguradas; pode também ter constituído, por esse facto, um sério aviso a quem apareceu à última hora a reivindicar uma herança, que finalmente, como se provou agora, não existe mais;
O PSD nas mesmas autárquicas recolheu 6.666 votos e agora somente 3.556 votos; portanto, a "maioria laranja" no distrito de Santarém que suplantou a destroçada votação distrital no PS, não encontrou grande suporte no concelho de Abrantes; o PSD em Abrantes não pode ser considerado um vencedor, pois baixou quase para metade os seus votos (de 6.666 para 3.556); esteve o PSD de Abrantes prestes a ser alcançado pelo PSD de Torres Novas, no ranking dos partidos sociais democratas mais votados no distrito;
A CDU desceu dos 1977 votos em 2005 para os actuais 1.628; diante do protesto, a CDU, não correspondeu, facto a que não será alheio o posicionamento comprometedor, de um dos seus dirigentes e candidatos municipais, no caso da falta de médicos e a própria declaração infeliz do candidato à Câmara, que excluiu, numa primeira entrevista, as questões de saúde, das atribuições e preocupações de um presidente de câmara;
O BE subiu de 1.220 nas autárquicas em 2005 para os 2.117 agora; foi uma grande subida num contexto de voto de protesto, facto que já não terá igual acolhimento numa candidatura à câmara; depois o "trunfo" da etar dos Carochos, que foi denunciada a primeira vez pelo então vereador substituto do PSD, em 2003 e 2004 João Pico, acabou por render como "prova de vida" à candidatura do BE de 2005 e guardada em "banho-maria" nestes quatro anos pelo deputado municipal, que agora a usou para projectar a sua própria candidatura à câmara; igual procedimento foi agora usado com a denúncia do CDS/PP com a morte dos peixes no açude a que o comunicado da Câmara respondeu directamente ao CDS, com os habituais desculpas de mau pagador e que não obstante essa denúncia ter sido apenas a do CDS/PP, como foi publicado de resto, pelo "Primeira Linha" e " Nova Aliança", surgiu depois distorcida pela ABARCA e pelo "O Mirante", ao ponto deste último a dar como uma boa iniciativa, não ao CDS/PP, mas sim ao BE; será bom não esquecer, que o BE quando lançado para o poder, perde completamente o sentido de orientação que está na sua matriz de protesto e acaba mesmo mais papista que o papa, como de resto, o exemplo do vereador em Lisboa, José Sá Fernandes já demonstrou e desiludiu todos quantos esperaram outra forma de fazer política;
O CDS/PP subiu de 652 para os actuais 1.030.
Perdida a "maioria sociológica PS", todas as expectativas estão em aberto, e pela primeira vez, em pé de igualdade para as próximas autárquicas.
Quem conseguir chegar mais perto do eleitorado e não se ficar por lhes dar apenas a mesma "música aos ouvidos", que este gosta de ouvir, mas ir mais longe e dar-lhe a conhecer, todas as privações que sofreu nestes últimos 15 anos, por erros e omissões desse executivo PS, tantas vezes acompanhado pela unanimidade PSD, sairá vencedor em Outubro.

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