segunda-feira, 13 de abril de 2009

Abrantinos, cuidado com a rectaguarda! - É esse o Problema em Abrantes.

Sou o candidato que há mais anos tem participado em eleições e candidaturas locais.
Recusei "embarcar" numa lista em 1976, porque alguém disse que para defender a minha freguesia em Abrantes estava lá ele, que era o líder e candidato do PSD.
Esperei por 1979 e aí obtive com a lista à mesma freguesia 76 % dos votos numa lista CDS.

Voltei em 1982 e subimos aos 80 % em lista AD.

Recusei ser o candidato à Câmara pelo CDS, porque achava que ainda era muito jovem.

Em 1983 fui o único a votar contra a divisão da minha freguesia preparada por um "directório" em Abrantes, alegando que fui mandatado para defender a minha freguesia e nunca para a dividir ou ser o seu coveiro. Pedi a demissão. Deixei o caminho para outros prosseguirem.

Fiz a minha travessia do "deserto" de 1983 a 2001.

Em 2001 insistiram para eu apoiar o candidato errado. Por amor à terra acatei a vontade dos meus amigos e fui parar ao PSD. Foi outro erro.

Em 2005 evitei que o "Bloco Central" secasse as alternativas. O PSD não obteve o 3º vereador e salvou-se a democracia em Abrantes.

Chegados a 2009, sou o mais antigo nestas andanças. Sinto-me suficientemente amadurecido. Sei observar com nitidez todas as jogadas que se antevêem.

Nelson de Carvalho saiu da corrida pressentindo a derrota iminente. E o Partido Socialista assumiu outro enorme erro ao colocar Nelson de Carvalho na lista das Eleições Europeias de 7 de Junho.

Os eleitores abrantinos terão assim uma última oportunidade de mostrarem o seu " Cartão Vermelho" não só a Sócrates, como também a Nelson de Carvalho.

Será o "dois em um" perfeito!

Com a entrada de Albano Santos na corrida, se conseguir reunir + de 2100 assinaturas e + de 2100 fotocópias dos respectivos bilhetes de identidade e outras tantas certidões desses eleitores do concelho, o descrédito e a confusão serão uma realidade no eleitorado que gerou as quatro últimas maiorias.

Não há só uma divisão desse eleitorado a meio. A divisão será em três partes: a do PS, a dos "independentes" e a dos muitos que só agora irão perceber o verdadeiro alcance do erro em que laboraram todos estes anos. Logo, uns potenciais eleitores para uma Candidatura credível, experiente e Popular.

Para abreviar caminho, foi muito útil lermos o extemporâneo elogio do candidato à Assembleia Municipal pelos "independentes", feito à obra deixada por Nelson de Carvalho. E chegou agora outro contributo "valioso" feito no "Primeira Linha", pelo seu ex-director Rolando Silva, ao apontar num comentário laudatório quanto Albano Santos "foi um dos principais responsáveis por muito do trabalho autárquico e dos projectos desenvolvidos pelo PS nos últimos mandatos"...

Um espanto, tendo em conta a crítica constante desse ex-director do jornal à obra de Nelson de Carvalho, durante os últimos anos. Uma observação que pode constituir um sério "travão" a que haja outro partido a "salvar" essa candidatura, à boca das urnas. O delírio às vezes devia pagar imposto: os "independentes" levados ao colo por um partido, não está mal pensado, não senhor...

A CDU de Jerónimo de Sousa não alinha nessas jogadas. E o Bloco de Esquerda depois do "Zé Faz Falta" em Lisboa, não parece para aí virado. Depois como explicar aquela história do projecto do hipotético quartel dos bombeiros, que só existiu na factura apresentada à Câmara?!

Depois ainda falam no descrédito dos políticos...

No PSD já foram avisando que "faltam seis meses". Mas não cuidaram de perceber que deixaram passar os últimos seis meses sem apontarem ao menos o candidato à Assembleia Municipal ou o nº. 2 à Câmara...

E como já era previsível há muito, não renovaram a recandidatura aos presidentes de junta do Souto, da Aldeia de Mato e de Rio de Moinhos. Neste último caso, para além do reconhecimento do fracasso do actual autarca, apresentaram o tesoureiro dos últimos dois mandatos, quando se queixaram sempre que nunca tiveram dinheiro para nada...

Ora isso, só significa que a experiência nem sequer chegou a existir.
Tudo junto, só deixa um caminho a seguir para quem quer fugir de 12 anos de desgoverno socialista, como apregoa a inexperiente sucessora no PS.
E cria maiores responsabilidades à Candidatura do Abrantes Popular. Agora já não se trata de uma opção pessoal. Trata-se de enfrentar um pesado fardo. Trata-se de assegurar uma equipa disciplinada, coerente, com elevado espírito de sacrifício e de capacidade de mobilização, empreendedora e criativa.
Os candidatos que se vêm apresentando, valem sobretudo pelo desapego a cargos e a vícios de função. E pela liderança que só alguém muito exigente para consigo mesmo consegue incutir nessa equipa que há-de ser a solução em Abrantes.
Cá estamos para enfrentar tudo isso.
João B. Pico

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