segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Comunicação Social isenta, séria e inovadora precisa-se com urgência em Abrantes.

Estamos em ano de eleições autárquicas. Não estamos a inventar nada, nem sequer a avivar a memória de ninguém porque toda a gente sabe que assim vai ser.
Há no entanto uma classe que ignora sistematicamente essa realidade: a Comunicação Social regional e local.
Não estamos em época de passar paninhos quentes a ninguém porque também sabemos com o que contamos, e daí que o melhor remédio é estarmos atentos e fazer precisamente o que pensamos como o de reagir como agora.
Em Abrantes até há um curso de jornalismo mas infelizmente nem a honra do convento não se salva.
Com efeito, a “nossa” Comunicação Social em ano de eleições tem dois pesos e duas medidas. Apesar da areia atirada aos olhos da opinião pública, a visibilidade da atrocidade também mexe com os ouvintes ou leitores, afinal, os seus “seguidores” e razão da sua existência.
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Vamos a factos concretos: numa entrevista a uma rádio local de uma candidata à Câmara, a mistura da dita com a de vereadora, do entrevistador com o auxiliador de soletro de palavras para complemento de frases, foi mutuamente arrepiante.
O mesmo é dizer, que o entrevistador agiu ao fazer a entrevista como se os assuntos a tratar se relacionassem com algum plano da Câmara para o primeiro, segundo ou mesmo terceiro ano do mandato, mas na realidade é no último ano do actual mandato!
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É por isso que questionamos como é possível do ponto de vista jornalístico misturar alhos com bugalhos e entusiasmar-se do mesmo modo com os planos agora apresentados, fazendo de conta de que vai tudo continuar como dantes levando a entrevistada a pronunciar como ele queria como as mudanças a operar virem a ter conclusão no ano que vem, etc, etc,…
Mas, quem garante à candidata e ao jornalista, que o próximo presidente da Câmara está de acordo com estas alterações agora aparecidas vindas do fundo de um baú com mais de 15 anos de bolor?!
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Que vereador coerente ousaria apresentar aqueles e outros projectos em ano de eleições correndo o risco já referido?! E que razão leva o jornalista a aprofundar algo que pode ser um pau de dois bicos?!
No jantar de apresentação do nosso candidato, a dada altura de um dos discursos, foi dirigido à Comunicação Social presente um repto no sentido de nos darem tratamento e igualdade de oportunidade relativamente aos nossos concorrentes.
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Temos sido benevolentes ao “aceitarmos” alguns atropelos.
Cada vez mais iremos estar atentos. E não teremos contemplações em denunciar o que achamos que não é correcto, mas sempre numa perspectiva de que é necessária esta área comunicativa tão importante nos dias que correm, desde que isenta, séria e inovadora.
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Provavelmente, não faria mal uma reciclagem.

Abílio Pombinho

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