segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Rentabilidade assegura a sustentabilidade ou por outra, sem sangue não se fazem morcelas


Quantos dos cerca de 100 agregados populacionais que constituem o nosso concelho de Abrantes se podem gabar de possuírem um parque de estacionamento para servirem os seus habitantes e os visitantes que os procuram?
Esse aspecto interessa sublinhar, na medida em que muitas das aspirações das freguesias só não se solucionam porque não há boa vontade e as juntas nem sequer ousam pedir. Aliás, o poder centralizador da câmara já escolhe os presidentes de junta mais cordatos, para isso mesmo.
Logo, eleger juntas ao sabor das cores dominantes na câmara é um logro.
Voltando ao espaço desportivo, mesmo que venham a construir os 200 fogos na Urbanização Colina do Tejo, já com garagem com dois lugares por fogo, este parque de estacionamento não se justifica, para ser utilizado duas ou três vezes por ano. O ideal era encher-se de carros todos os dias.
;
E não se vê como foi proposta a construção de um novo hotel no campo do Barro Vermelho, mesmo que inclua estacionamento subterrâneo próprio, nunca será o suficiente, tendo em conta o espaço comercial que lhe vai ser agregado.
Acresce, que o novo hotel está "muito" distante do Estádio Municipal e dos demais equipamentos desportivos, nomeadamente das piscinas. Não há ali muita capacidade de estabelecer a necessária articulação do hotel com o espaço desportivo e muito menos com este parque de estacionamento.
Por outro lado, os acessos directos ao Estádio a fazerem-se em mistura com as piscinas e campo de basebol, pela sinuosa e estrangulada rua do Vale do Aipo é a negação completa da estrutrura dimensionada que se deseja nestas situações.
;
A localização desse novo hotel no campo do Barro Vermelho está errada. Ou seja: impede uma solução mais harmoniosa e rentável como a de um Centro de Estágios com hotel incorporado, o projecto mais agregador das piscinas e dos campos de jogos e de toda a envolvente para as encostas do Tejo.
A rentabilidade de tudo isto pode estar mal sustentada com esta desgarrada de projectos avulsos e contraditórios entre si.
Não é só o projecto sem articulação,mas todo um espaço que poderá morrer a curto prazo, quando o mesmo, devidamente enquadrado numa sólida estrutura articulada, poderia ser gerador dos maiores proveitos económicos para a autarquia e para a vida económica do concelho.
A rentabilidade é que torna as coisas duradoiras.
João B. Pico

Sem comentários:

Enviar um comentário