sábado, 10 de janeiro de 2009

CENTRO HISTÓRICO é a MATRIZ do que não se fabrica mais: o TESOURO de Abrantes!

Como conjugar agora essas propostas com o sentimento de indiferença de quem já se havia esquecido da cidadania e não sentiu apego aos valores do Centro Histórico?!
Juntamente com as eleições para a Câmara e a Assembleia Municipal surgem as eleições para as Assembleias de Freguesia. E ao contrário dos que vêm uma complementaridade eu vejo um conflito de interesses cruzados e enleados. Pese algumas provas em contrário, onde os eleitores já conseguiram separar as águas votando num sentido para a Câmara Municipal e noutro para as Assembleias de Freguesia.
Todavia, ainda subsiste o sentimento generalizado e caricato de um candidato à junta poder condicionar a opção dos seus fregueses quanto à opção partidária para a Câmara.
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No limite, há algum caciquismo a imperar e a ser responsável por muitas falsas promessas. Quantas vezes as fracas promessas das propostas dos candidatos à Câmara não foram endeusadas pelos candidatos à junta, só por estratégia da mesma cor partidária?! Não têm sido muitos desses candidatos quem vem branqueando os incumprimentos da Câmara, com as suas incontornáveis cumplicidades?!
Saber separar as águas e dar nova credibilidade à política também passa por essa promiscuidade no seio das freguesias, alimentada pela ideia de que no somatório de 19 freguesias, o progresso e desenvolvimento só pode beneficiar as mais alinhadas.
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TOMEMOS os números das eleições para a Câmara de 2005.
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Ainda não percebi quando muitos dizem que tudo vai para o Pego, diante dos seus 1 054 abstencionistas de 2005, quando o PS venceu só com 774 votos, entre 2 433 eleitores.
Tramagal em 3 628 eleitores, deu a vitória no PS 892 votos, mas deixou ficar 1 551 abstencionistas.
S. Miguel do Rio Torto com 2 809 eleitores deu a vitória ao PS com 872 votos, mas a abstenção marcou 1 105 eleitores.
Até o Rossio ao Sul do Tejo deu ao PS 813 votos mas deixou na abstenção 828 de entre os seus 2 173 votantes.
Alvega deu uma vitória ao PS com 416 votos, mas 539 não votaram, diante dos 1 551 inscritos.
Rio de Moinhos não deu senão o 2º lugar ao PS com 295 votos, 35 votos a menos que o PSD da unanimidade, diante de 576 abstencionistas, entre os 1.324 eleitores.
Mouriscas com 1 785 eleitores deu a vitória ao PS com 401 votos, mas deixou ficar 498 na abstenção.
Alferrarede deu a “vitória” ao PS com 939 votos, diante da surpreendente abstenção dos 1 505 eleitores, no total dos 3 576 recenseados.
Também S. João dos seus 1 606 eleitores só 409 foram para o PS e 660 ficaram na abstenção.
Mas mais surpreendente ainda, foi o caso de S. Vicente que desmentiu aquela ideia enganadora de que é ali que o PS “engorda”. Nada de mais enganador. Em S. Vicente, 3 646 eleitores não foram a votos, 327 foram votos brancos e nulos, cabendo apenas ao PS 2 282 votos entre os 8 429 eleitores inscritos.
A desilusão está consagrada na abstenção.
Se somarmos à abstenção os votos brancos e os votos nulos, que anda muitas vezes na casa dos 3 % dos eleitores logo se percebe como se torna inevitável, haver uma política de ideias e de propostas de confronto e de ruptura. Caso contrário, os erros perpetuam-se e a esperança de uma vida melhor esfuma-se por completo, entre os interesses cruzados de uma elite aparentada com o poder local.
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Os números estão aí, capazes de dar resultados inovadores.
João B. Pico

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