Não há partidos pequenos nem grandes. Há uns que obtêm é mais votação que outros. Também nas coligações assim deve ser.

Muito se tem falado, opinado e alvitrado sobre eventuais coligações de partidos, ou eleitores espelhados no que se convencionou chamar de independentes.
Não sou um adepto das coligações e muito menos de grupos de independentes.

;
No entanto, em 2001, quando alterada a lei para permitir a formação de listas de independentes, integrei uma lista denominada "Independentes por Tramagal" que só não redundou em sucesso porque, fomos roubados!

;
E tudo foi obra da inexperiência dos integrantes da lista que no caso até foi apoiada pelo CDS/PP e PSD, que preteriram a sua inclusão no acto eleitoral desse ano na Freguesia de Tramagal a favor exactamente desta lista.
E a história assenta no facto de o Tribunal ter colocado vários entraves à denominação da lista, bem como à sigla cujo desenho, foi por três vezes à aprovação.
O que é facto, é que nos boletins de voto não apareceu nem a sigla nem a denominação que na campanha eleitoral foi apresentado aos eleitores!

;
E é aqui que entra a inexperiência atrás referida. A lei não pode ser ignorada. E entre alguns pressupostos da mesma, 35 dias antes da data do acto eleitoral, o protótipo dos boletins de voto são afixados na Câmara Municipal durante alguns dias de forma a poderem ser observadas eventuais incorrecções, erros ou omissões.
È claro que ninguém se dirigiu ao local, e no dia das eleições apareceu uma sigla apenas e só com a inscrição em numeração romana de XII.

;
Evidentemente que a reclamação não valeu de nada e os eleitores acabaram por votar por exclusão de partes tal era a confusão instalada no boletim.
Sentimos que alguém manobrou a coisa mas ainda assim o resultado foi muito bom.
Tudo isto serve para explicar, que tenho para mim, que as coligações são um pau de dois bicos.

É que a prática diz-nos que se inspira a conexão com o sentido de que o maior partido(?) tem de deter o maior número de lugares a começar pelo primeiro da lista e o(s) outro(s) sujeitam-se ao resto.

;

Ora, em meu entender, não há partidos grandes nem partidos pequenos, existem sim, partidos que obtêm mais ou menos votação.
No que a Abrantes diz respeito, não há histórico de coligações para a Câmara Municipal.

Em 2005 houve uma aproximação entre o CDS/PP e o PSD com vista a essa possibilidade. Contudo, a questão dos grandes e dos pequenos partidos entrou no imediato na órbita das mentes mais ofegantes criando-se uma ruptura inevitável.

;
Tudo isto se resume no facto de alguns munícipes, preocupados com a tal máquina do PS, insistentemente me terem colocado essa hipótese de coligação do CDS/PP com outra força partidária.

Ora, o CDS/PP, dispõe no momento do melhor interlocutor dos munícipes, com o melhor conhecimento da maioria dos dossiers, de um técnico avalizado e habilitado na área do urbanismo e com um relacionamento inter social exemplar!

;
As tais mentes, alguma vez estariam dispostas a inverter a tendência generalizada subvertendo um valor inquestionável na condução dos destinos do nosso Concelho?
A não ser assim, não contem connosco!
Está na cara, a oportunidade única, que pode envolver todos, mas todos, para a mudança em que acredito.

Abílio Pombinho