sábado, 3 de janeiro de 2009

João Pico é a única alternativa ao poder socialista; Há 15 anos ninguém conhecia o candidato que ainda vigora.

Estávamos em pleno ano de 1993. Num domingo de futebol distrital, eu e o meu amigo Mário Rui Matos, então colaboradores do Departamento Desportivo da extinta Rádio Antena Livre (hoje Antena Livre) deslocamo-nos às instalações da rádio a fim de levantarmos os aparelhos destinados ao trabalho de repórteres, ele na narração e eu nos comentários, de um empolgante Pego vs S. Miguel de Rio Torto, a contar para a 1ª divisão distrital da Associação de Futebol de Santarém.
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Como de costume, tanto eu como o Mário, sempre chegámos cedo aos compromissos e nesse domingo não foi excepção. O responsável pelo Departamento respectivo atrasou-se bastante, e no corredor junto ao estúdio 1 lá permanecemos a ouvir um programa que estava no ar e em directo, e cujo autor e produtor não conhecíamos.
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O programa tinha muito de oratória filosófica e alguma música, e a dada altura, o seu autor surgiu de dentro do estúdio até nós.
Cumprimentámo-nos, inteirou-se do que ali fazíamos visto estar ali sozinho na rádio, e encetou uma conversa bem longínqua de qualquer tema alusivo à rádio que nessa altura estava no seu auge.
Alimentámos a conversa já que nunca mais chegava quem queríamos, e logo depreendi que o tipo era mesmo um curioso sobre Abrantes e do Concelho já que não conhecia praticamente nada.
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Ao saber que qualquer um de nós era natural e residentes em Tramagal, de uma forma astuta (só o percebemos depois) tentou saber tudo, ou quase tudo, e também as nossas opiniões face ao que se vivia em termos de autarquia para se alterar de forma radical porque governava o PSD na Câmara e na Junta de Tramagal.
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Confesso que na altura não ligámos muito à conversa, o nosso intuito era mesmo o futebol e a rádio, coisas que adorávamos fazer e que o Mário Rui Matos ainda hoje mantém com uma ligação mas à Rádio Tágide.
Meses depois, inicia-se a campanha eleitoral para as autárquicas de 93, e apesar de distraídos pela envolvência dos nossos hobies, descobrimos que o cabeça de lista à Câmara de Abrantes pelo PS era, nada mais, nada menos que o tipo que nos interrogou meses atrás e que não era de cá, e nada conhecia daqui!
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E o vencedor das eleições foi Nelson de Carvalho, cuja máquina partidária, numa fase em que a abstenção não era o que é agora, conseguiu recuperar a Câmara e algumas Juntas para o PS.
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Daqui se pode tirar uma conclusão: João Pico, o candidato do CDS/PP, é natural do concelho, não é um desconhecido, já foi autarca em Assembleia de Freguesia (Presidente), Assembleia Municipal e até Vereador; tem nos últimos tempos apresentado soluções e alternativas para as grandes questões do concelho; como técnico na área do urbananismo e não só, é uma mais valia que mais ninguém em Abrantes dispõe, constituindo por isso a grande e única alternativa ao poder socialista em vigor, e ao tal tipo que ganhou a Câmara caída do céu.
Abílio Pombinho

2 comentários:

  1. Ahahahah, ahahahahah, ahahahah, técnico de urbananismo, pois só se for mesmo, urbananismo, nem desenhador chega a ser é mais um bananista, isso sim.....

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  2. Imagino a razão da perturbação deste comentador e o desespero de quem assina com um nome de uma terra que me é muito querida.
    Se ele tem alguma relação de conhecimento com a dita terra, não devia surpreender-se com dezenas de técnicos naquela área.
    Frank Lloydd Wrigth talvez o maior técnico na sua arte ( que eu nem digo qual era, para o fazer ir ler uns livros... ou buscar à net...), não tinha senão a frequência do 2º ou 3º ano da Universidade de Winsconsin.
    Claro que o comentador em três linhas cegou por completo e só em duas dessas três linhas é que consegui escrever palavras entendíveis...
    Coitado...

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