quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A "pesada" herança de Nelson de Carvalho

Camões deixou-nos a sua máxima de que o fraco rei faz fraca a forte gente...
Nelson de Carvalho subverteu toda a ordem de valores democráticos e de seriedade que era imperioso respeitar por terras de Abrantes. E fez pior: comprovou que era lícito a qualquer estranho, o atrevimento em vir mandar em Abrantes, porque lá estava um povo que não se governava, nem se deixava governar...
Depois, ainda antes do virar do milénio, ousou apresentar-se aos eleitores como Nelson M. de Carvalho. O efeito, já o vimos num filme americano de Eddie Murphy: o M. de Carvalho fez alguns saudosistas confundi-lo com " Martins de Carvalho" um nome de importante família abrantina.
Com o virar do milénio, o estudante que tão más recordações guarda das "sovas" no internamento vivido no Colégio La Salle, surge doutor e abre consultório e escreveu nos jornais locais sobre tudo, desde que em nada em concreto, se falasse sobre Abrantes. E lembrou-se de usar o nome de família. Em Abrantes, há sempre meia dúzia de incautos capazes de ainda se vergarem a um nome brazonado ou de família mais importante e de sobre esse nome tecerem loas ao herdeiro dessa linhagem. A história local está impestada destas incongruências.
E nada mais conta. A partir daí, esse nome passa a correr de boca em boca. O "sebastianismo" no seu melhor, a surgir numa esquina e num qualquer dia de nevoeiro...
Ninguém em parte alguma e em circunstâncias normais lhe compraria um carro em segunda mão. Porém, em Abrantes, tudo como dantes...

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