quinta-feira, 21 de maio de 2009

E que dizer da "dívida" do Município de Abrantes...


Portugal tem “dívida por saldar” com Maria de Lourdes Pintassilgo, segundo o sociólogo referido no Mirante one-line

O sociólogo José Manuel Pureza considera que o país “tem uma dívida por saldar” com a antiga primeira-ministro Maria de Lurdes Pintassilgo, que chefiou o V Governo Constitucional, entre Julho de 1979 e Janeiro de 1980. Intervindo na apresentação do livro “Maria de Lourdes Pintassilgo – Os anos da Juventude Universitária Católica Feminina (1952-1956)”, lançado na passada semana pela professora Ana Filomena Amaral, o investigador e professor da Universidade de Coimbra (UC) considerou que “aquela mulher foi uma intérprete maior da persistência e do querer, na combinação entre ideais e rigor”.
“Foi um vulto maior da geração de católicos que teve a coragem de ir rompendo um dos pilares mais fundos do regime de Salazar, a Igreja, cuja missão estava ligada à defesa do regime, e abrindo janelas de diálogo ferreamente fechadas”, salientou. Considerando que Maria de Lourdes Pintassilgo “antecipou transformações no lado da Igreja e da Universidade”, José Manuel Pureza disse que o “Portugal rasteirinho nunca lhe perdoou a teimosia de ser heterodoxa e coerente e a atirou para o desterro interior de que nunca saiu”.
“Portugal não soube ou não quis, através das suas elites culturais, políticas e universitárias, valorizar o brilho de Maria de Lourdes Pintassilgo, uma das figuras mais refrescantes do país do último meio século”, frisou. “Portugal tem uma dívida por saldar com esta mulher”, sublinhou o sociólogo.

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