domingo, 1 de fevereiro de 2009

O "papão" dos 500 nomes foi uma atoarda para excluir os outros partidos fora do bloco central (PS e PSD).

No aludido debate de sábado na Antena Livre, conduzido por Jerónimo Jorge, onde estive com os dirigentes concelhios do PS, do PSD e do BE falou-se de um número fantasioso: 500 nomes para as listas!
Aqui um parenteses : no blogue “notas de Abrantes”, que eu não sei quem seja, mas agradeço a classificação, já que nunca até então, havia mencionado o meu nome como candidato, acabou por me “declarar” o vencedor do debate, sublinhando mais ou menos isto: que a minha menor capacidade de síntese saiu reforçada pelos exemplos de que me socorri através de histórias que contei de pessoas em concreto.
Então vamos ao concreto: a verdade dos números de candidatos necessários a todo o concelho.
A dificuldade em arranjar 500 nomes para preencher as listas, pareceu ter um destinatário privilegiado: os grandes partidos. E com que soberba a agarraram, meu Deus!
Todos os outros pequenos partidos e as "listas de independentes" ainda menos, nunca teriam possibilidade de concorrer para ganharem.
Pura falácia!
Quantos nomes são afinal precisos?
Responderia de imediato: entre 163 a 254 nomes!
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Menos de metade dos tais 500 corroborados pelos restantes intervenientes e pelo moderador do debate. E se não houve rigor nisto, então estamos mesmo muito mal...
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Antes do debate se iniciar chamei à atenção que o número 500 era exagerado. Fui categoricamente desmentido por todos. Como não trazia comigo a legislação e estando a poucos minutos do início do arranque deixei cair a questão.
Direi aqui, em nome do rigor dos números, que em função dos números de eleitores temos uma freguesia com 13 membros na respectiva Assembleia de Freguesia ( S. Vicente), doze freguesias com 9 membros e seis freguesias com 7 membros.
Contas feitas, são 163 efectivos nas listas das dezanove freguesias e um terço como suplentes (54), o que daria um TOTAL de 217 NOMES.
Mas como os 7 efectivos na lista da Câmara e 20 efectivos na lista dos eleitos da Assembleia Municipal, o total passa para 244.
Mas admitindo repetir nomes e cruzá-los com das listas das freguesias com as listas municipais, dir-se-ia que os 163 nomes já era possível concorrer, bastando depois recorrer aos militantes e simpatizantes que estão sempre dispostos a preencher os lugares de suplentes e é um caso recorrente em todas as listas partidárias.
Temos pois os 163 que podem chegar aos 212 nas freguesias com os suplentes e mais os 27 efectivos nos orgãos municipais,e dez suplentes o que soma 254 nomes.
Menos de metade dos aludidos 500.
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Portanto, " a maioria" disse e corroborou numa falsidade monstruosa. Os 500 nomes foram um "papão". Uma diferença abismal de 500 para 163 a 217 ou mesmo 254.
Com premissas desta natureza não vamos lá!
Quanto a rigor estamos conversados.
João B. Pico

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