quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Desafectar o espaço aéreo do actual Mercado Diário seria dar maior impacto visual ao Largo 1º de Maio e dar acessibilidade e vida ao Centro Histórico.

Atente-se neste largo em três coisas fundamentais:

1- O tapume visual da fachada que nos retira a perspectiva de todo o "míolo" do Chafariz até ao Alto de Stº António;

2- A inclinação do pequeno largo frente à entrada do Mercado e do Centro Comercial S. João à esquerda, que nos dá logo a ideia de o começar a escavar nos limites do fundo da foto e encontrávamos ali "dois pisos" debaixo do actual pequeno largo.

3- E finalmente, na possibilidade de uma entidade privada poder custear estas obras a troco dos direitos de construção em altura de certa área no Vale da Fontinha, cujos terrenos são camarários.

Aproveitemos esses "dois pisos" subterrâneos para parque de estacionamento e já temos cerca de 50 lugares para outros tantos carros, para além de um acesso para

os pisos inferiores do actual Mercado Diário.

Acontece que o edifício do Centro Comercial tem vários pisos subterrâneos com galerias comerciais vagas, pois nunca encontrou por lá comerciantes interessados, mas que com o aproveitamento desses "dois pisos" se abriam outras soluções e haviam um acesso também pedonal em túnel semi ao ar livre em parte.

Eliminando o piso da fachada do actual Mercado Diário tínhamos prolongado este largo que falávamos atrás apto para algum estacionamento e para passeio público ajardinado e equipado com quiosque e esplanada.

Estava dada outra qualidade e outra vida ao espaço público de eleição.

E sem perder de vista o espaço subterrâneo que se abre no prolongamento da tal escavação dos "dois pisos" assinalados atrás, encontrávamos agora nas caves do actual espaço do Mercado Diário, mais uns três ou quatro pisos de estacionamento com luz natural para norte, (Tapada do Chafariz e cruzamento da 25 de Abril).

Afinal, aqueles "dois pisos" passavam a 4 ou 5 pisos de estacionamento e com o "apoio" recíproco das caves do actual Centro Comercial de S. João, que querendo - e o condomínio privado iria aproveitar imediatamente a benesse dessa dádiva para animar esse espaço comercial adormecido ou quase morto - poderia dar outra inter-ligação ao conjunto.

Então, e onde ficava o Centro Coordenador de Transportes e antes disso o novo Mercado Diário?

Ficariam em construções mais recuadas em relação ao actual edificado do dito Mercado. Porque o espaço do actual Mercado deixava de existir acima da cota do que é hoje o Largo e no conjunto iria dar azo a que o Largo 1º de Maio se prolongasse para cima do espaço onde hoje está o actual Mercado Diário.

Fiquemos só com esta ideia muito global:

-Novo Mercado Diário que já parece uma lenda;

-Restituir o Terminal Rodoviário ou Centro Coordenador de Transportes ao que no fundo se chamou antes Garagem da Camionagem dos Irmãos Claras e tanta vida deu ao Centro Histórico, naquele vai-vem de gente a chegar e a partir;

- Possibilidade de rebaixar parte da Avª 25 de Abril e usar um viaduto a quebrar a descida da mesma avenida logo abaixo da curva após o cruzamento com a Rua de Angola, para fazer passar o sentido descendente do Alto de Stº António até defronte ao actual Centro Comercial de S. João, o tal largo que agora fomos descobrir " os dois pisos" de subterrâneo;

- Por baixo desse viaduto com o trânsito menos denso já se abriam melhores acessos para virar à direita para o Vale da Fontinha e para todo o espaço do Centro Rodoviário.

- E o encontro do verdadeiro Largo sedutor e atraente para a animação e atracção de público para o Centro Histórico: o verdadeiro Rossio da Baixa Abrantina.

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